Dia primeiro de novembro, no calendário da Igreja, é o Dia de Todos os Santos. Porém, para que um maior número de fiéis possa participar da celebração, a Solenidade é transferida para o domingo seguinte, menos quando o dia primeiro cai num domingo.
E quando falamos em todos os Santos, não são apenas aqueles que foram canonizados pela Igreja, mas também aqueles que já alcançaram a santidade, foram purificados no purgatório, e passaram para o Reino de Deus.
Como surgiu a devoção aos Santos?
No final do século II, já era grande a veneração dos Santos. Contudo, naquele tempo eram considerados santos apenas os mártires, ou seja, os apóstolos de Jesus.
E foi no tempo das grandes perseguições do Império Romano que homens e mulheres, que viveram a vida cristã de modo belo e heróico, começaram a ser considerados exemplos de veneração. Logo, o primeiro santo, não mártir, foi São Martinho de Tours, monge e bispo da cidade de Tours, que viveu no século IV, época de importantes transformações.
A partir do ano mil, a igreja passou a adotar um processo de canonização, até se chegar à comprovação dos milagres, para declarar alguém santo, devido ao do incontrolado desenvolvimento da veneração dos santos e do “comércio” em torno das suas relíquias.
Quando surgiu a Solenidade de Todos os Santos?
Esta celebração teve início no Oriente, no século IV. Os primeiros registros desta celebração foram encontrados em Antioquia, era celebrada no domingo após o dia de Pentecostes.
Em Roma, era celebrada no dia 13 de maio; na Inglaterra e Irlanda, a partir do século VIII, no dia 1º de novembro, e essa data também foi adotada em Roma, a partir do século IX, por decisão do Papa Gregório III (731-741).
Essa data foi escolhida por ele porque coincidia com a consagração de uma Capela, na Basílica de São Pedro, dedicada às relíquias “dos santos Apóstolos, dos Santos mártires e confessores e de todos os Justos, que chegaram à perfeição e descansam em paz no mundo inteiro”. E desde então a Igreja celebra o Dia de Todos os Santos nesta data.
Qual o sentido desta Solenidade?
A Solenidade de Todos os Santos quer lembrar a cada um de nós que todos nós somos chamados à santidade, no cotidiano de nossas vidas. Não que isso signifique que devemos ser canonizados pela Igreja, mas é um lembrete para nós que precisamos ser santos porque se almejamos o Céu, lá só entram os santos!
Portanto, precisamos nos esforçar para viver a santidade todos os dias, dando passos de conversão e construindo o Reino de Deus aqui na terra, praticando a justiça, a caridade e o amor ao próximo.
Além disso, com a Solenidade de Todos os Santos, a Igreja volta o seu olhar para a Igreja celeste (os Santos), pedindo a eles para que intercedam por nós, a fim de que um dia nós possamos contemplar a face de Cristo, como eles já contemplam.
