A "Igrejinha" da Higienópolis
Ano de 1957. Acontecimento histórico: a Secretaria Generalis da Congregatio Missionariorum Filiorum Immaculati Cordis B. Mariae Virginis (Claretiani), de Roma, envia correspondência ao Padre Provincial dos Claretianos em São Paulo, Padre João Engler CMF, onde “dió su autorización para que puedan estabelecer una fundación en Londrina, conforme a los deseos de nuestro hermano Don Geraldo Fernandes”.
A primeira comunidade dos Claretianos de Londrina era formada pelos Padres Geraldo Menezes, Astério Pasqual e Vicente de Paula. Esses padres foram acolhidos por Dom Geraldo e colaboravam com ele na organização da nova diocese.
No ano de 1959, Londrina, capital mundial do café, continua crescendo aceleradamente. Dom Geraldo definiu um local onde deverá ser criada uma nova capela, num terreno localizado na Higienópolis, tendo pelo lado direito a Avenida Perimetral, pelo esquerdo, os terrenos de propriedade do Sr. Jacob, e, no fundo, uma travessa sem nome.
Neste terreno, segundo Nilton Cazarini, havia um barracão de madeira, sem forro, onde funcionava uma fábrica de banha, que foi reformado às pressas e pintado. Seria a Capela dos missionários Claretianos em Londrina.
Em março de 1960 chega a Londrina o primeiro padre responsável pela Igrejinha, o missionário Claretiano Pe. José Cañivano, CMF, que ficou até o ano de 1961. Nesta época os Claretianos são transferidos da cidade.
No dia primeiro de agosto, por decreto do bispo diocesano Dom Geraldo Fernandes, é desmembrado um território da Catedral de Londrina, e é criada uma nova paróquia: a Paróquia Coração de Maria.
Foi nomeado o primeiro vigário da nova Paróquia Coração de Maria, que tomou posse no dia 10 de setembro de 1961, o Padre Valentim Rodrigues, CMF, numa cerimônia organizada pelas Irmãs Claretianas. Neste ano de 1961, formava a nova comunidade Claretiana o Padre Isidoro de Nadai, secretário do senhor bispo, professor de psicologia na Universidade e capelão das Irmãs Claretianas.
Em 22 de outubro de 1961 o Bispo dá a bênção à primeira pedra do conjunto paroquial, constante de Igreja, Escola e Serviço Social. Também neste ano foi construída a primeira casa paroquial com a madeira da sétima casa construída em Londrina, que desfeita foi transportada para a Paróquia. Esta casa era da Companhia de Estrada de Ferro, e era conhecida como a “casa dos solteiros”, porque era a moradia dos trabalhadores solteiros da Companhia.
Na capela, todos os dias já se celebrava a Santa Missa, às 19:15 horas. Aos domingos celebravam-se duas missas de manhã, e à noite tinha o Terço, a bênção com o Santíssimo e se ensaiavam cantos. Nesta época já existia o Apostolado da Oração com 40 membros efetivos; Filhas de Maria com 25, Cruzada com 40 crianças. O grupo dos Congregados Marianos estava em formação. Já funcionava também uma Conferência Vicentina.
Havia muitas quermesses, pois se pretendia construir a nova igreja. E, assim, no dia 6 de Setembro de 1963, foi inaugurado um “salão-Igreja” com missa solene celebrada por Dom Geraldo Fernandes. Houve uma procissão da capela velha até a paróquia nova.