No dia 22 de agosto celebramos a Solenidade de Nossa Senhora Rainha!
Mas por que dizemos que Nossa Senhora é Rainha do Céu e da Terra? Vamos entender isso juntos!
Na Exortação Apostólica Marialis Cultus (Culto à Maria), de 1974, o Papa Paulo VI escreveu dizendo: “Na Virgem Maria, de fato, tudo é relativo a Cristo e dependente d’Ele: foi em vista d’Ele que Deus Pai, desde toda a eternidade, a escolheu Mãe toda santa e a plenificou com dons do Espírito a ninguém mais concedidos” (Marialis Cultus, n. 25)
Além disso, Jesus é o Rei do Universo, e sendo assim, Sua Mãe, pura e imaculada, também é Rainha. Contudo, não se trata de um reinado deste mundo, mas sim de um reinado eterno e universal, segundo a vontade Divina.
Logo, a celebração do Reinado de Nossa Senhora tem sua origem na festa de Cristo Rei do Universo. E certamente a principal fundamentação é encontrada na Bíblia Sagrada, onde lemos: “Apareceu em seguida um grande sinal no céu: uma Mulher revestida do sol, a lua debaixo dos seus pés e na cabeça uma coroa de doze estrelas” (Apocalipse 12,1).
Solenidade do Reinado de Maria
Esta celebração foi instituída na Igreja pelo Papa Pio XII em 11 de outubro de 1954. Na ocasião, ele coroou Nossa Senhora na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, e promulgou a Encíclica Ad Caeli Reginam (A Rainha do Céu). Esse documento é um tratado sobre a realeza e a dignidade de Maria, no qual ele convida:
“Procurem pois todos, e agora com mais confiança, aproximar-se do trono da misericórdia e da graça, para pedir à nossa Rainha e Mãe socorro na adversidade, luz nas trevas, conforto na dor e no pranto; e, o que é mais, esforcem-se por se libertar da escravidão do pecado, e prestem ao cetro régio de tão poderosa Mãe a homenagem duradoura da devoção dial. Frequentem as multidões de fiéis os seus templos e celebrem-lhe as festas; ande nas mãos de todos a piedosa coroa do terço; e reúna a recitação dele – nas igrejas, nas casas, nos hospitais e nas prisões – ora pequenos grupos, ora grandes assembleias, para cantarem as glórias de Maria. Honra-se o mais possível o seu nome, mais doce do que o néctar e mais valioso que toda a pedra preciosa; ninguém ouse o que seria prova de alma vil – pronunciar ímpias blasfêmias contra este nome santíssimo, ornado de tanta majestade e venerável pelo carinho próprio de mãe; nem se atreva ninguém a dizer nada que seja irreverente” (Ad Caeli Reginam, n.46).
Complementando este pensamento, em 1964, o Papa Paulo VI escreveu na Constituição Dogmática Lumen Gentium (Luz do Povo) que depois da ascensão de Maria ao Céu, pela graça divina Ela foi exaltada como Rainha, “para assim se conformar mais plenamente com seu Filho, Senhor dos senhores (cf. Apocalipse 19,16) e vencedor do pecado e da morte” (Lumen Gentium, n. 59).
Logo, Nossa Senhora é invocada como: Rainha dos anjos, dos patriarcas, dos profetas, dos apóstolos, dos confessores, das virgens, dos mártires, de todos os Santos e da paz.
E ela resplandece em todos os tempos, no horizonte da Igreja e do mundo, como sinal de consolação e de esperança segura para todos nós que nos confiamos à Sua intercessão e proteção maternal.
A Solenidade de Nossa Senhora Rainha ao longo do tempo
Ao instituir esta solenidade, o Papa Pio XII determinou que fosse celebrada em 31 de maio, mês de Maria, encerrando as comemorações com o coroamento de Nossa Senhora. Essa é uma tradição que se fortaleceu ao longo do tempo.
Contudo, apesar de a cerimônia do coroamento de Nossa Senhora ainda acontecer no último sábado do mês de maio, a Solenidade de Nossa Senhora Rainha passou a ser celebrada na oitava da Assunção de Maria ao Céu, para manifestar a íntima ligação entre a Assunção de Maria e sua coroação no Céu.
Certa vez, o Papa São João Paulo II destacou que a Virgem Maria “é uma Rainha que dá tudo o que possui, compartilhando, sobretudo, a vida e o amor de Cristo”. E São Germano, bispo da Igreja que viveu entre os anos de 496 e 576, em uma de suas homilias orou dizendo: “Tu habitas espiritualmente conosco e a grandeza da tua vigilância sobre nós faz ressaltar a tua comunidade de vida conosco”.
Reze à Nossa Senhora Rainha
“Ó, Maria sem pecado concebida! A mais Preciosa Menina, Rainha das Maravilhas. Ajuda-me neste dia a ser sempre teu verdadeiro filho, para chegar um dia ao Deus da Vida. És Rainha do Céu e da Terra, gloriosa e digna Rainha do Universo a quem podemos invocar de dia e de noite, não só com o doce nome de Mãe, mas também com o de Rainha, como te saúdam no Céu com alegria e amor todos os Anjos e Santos. Nossa Senhora Rainha, Celeste Aurora, enviai a Luz Divina do Universo para me ajudar a resolver estes problemas (descrever resumidamente os seus problemas) Amém.”
Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai.